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Ladrões roubam sino da Gruta do Martírio

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Da redação 25/3 - 17h09 - Com este título o padre Auricélio Costa - sacerdote da Diocese de Tubarão, cantor e compositor de músicas religiosas - postou em seu blog relatando o furto do sino do Santuário e Gruta do Martírio da Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, localizada em São Martinho, no Sul do estado.

Para saber mais detalhes sobre o fato, o significado do sino para a sua comunidade e também sobre a sua decisão de tornar pública a ocorrência, a reportagem entrevistou o sacerdote por telefone.

Albertina Berkenbrock, a primeira mártir brasileira natural de Santa Catarina nasceu em 11 de abril de 1919 na comunidade de São Luiz Gonzaga. Desde cedo, despontava na vida de oração, no amor à família e viveu de tal modo a sua fé que era chamada de "Santinha". Lutou para não ser violentada e acabou martirizada em 15 de junho de 1931. A igreja a beatificou em 2007. A capela construída no lugar foi elevada a Santuário Diocesano e acolhe milhares de peregrinos todos os anos, revela o padre Auricélio.

O sino de bronze, uma pequena peça com baixo valor de mercado, em torno de R$ 1.000,00, mas era de grande importância para a comunidade habituada a identificar seu soar anunciando celebrações e tantos outros momentos de união fé, enfatiza o sacerdote. Ele lembra que "há três anos, tiveram coragem de roubar castiçais de bronze ou niquelados da matriz São Sebastião e do Santuário. Em dezembro do ano passado furtaram os peixes ornamentais no açude que fica ao lado da Matriz, e que há quinze anos encantavam turistas."

Foi motivado pelo desejo de levar as pessoas a uma reflexão, que o padre resolveu tornar pública a noticia sobre o furto do sino ocorrido no final de semana (20/3).Ele pergunta; "por que alguém decidiria levar o sino de bronze da Gruta do Martírio que, além de adornar o templo, ainda chamava os fiéis para os momentos de oração na Gruta construída onde Albertina Berkenbrock foi martirizada? Com qual finalidade cometeu este crime?

Será que uma pessoa em sã consciência compraria um produto como este sem questionar a sua procedência? Por quanto ele poderá ser vendido ?

Não sei. Mas vou rezar por esta pessoa que afanou um bem que pertencia a todos os devotos que amam a Igreja e veneram Albertina." "Desde que chegou a covid-19, nós temos rezado muito. Rezemos, pois, na esperança de que Deus cure as enfermidades mais profundas que assolam a nossa sociedade hodierna. O sino da nossa fé está soando!... O pequeno sino da Gruta está silenciado", escreve o padre no seu blog.

Sua postagem repercutiu não só na região de Tubarão mas também em outras cidades gerando o interesse de emissoras de rádio de jornais em entrevistas, conta o padre. "O momento é de reflexão; se levaram os peixes ornamentais, os castiçais, e o sino, o que mais levarão ? Vivemos tempos ruidosos e a chaga mais dolorosa é quando o homem não crê tampouco em si mesmo. Os sintomas estão por todos lados: desconfiança, desrespeito à vida, busca por segurança em armamentos... A lista é enorme e passa por todas as matizes ideológicas."

"Desde que chegou a covid-19, nós temos rezado muito. Rezemos, pois, na esperança de que Deus cure as enfermidades mais profundas que assolam a nossa sociedade hodierna. O sino da nossa fé está soando!... O pequeno sino da Gruta está silenciado", escreve o padre.


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